A Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (FMT – HVD), inaugurou  no dia 21 de agosto, o Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema  avançando nas  pesquisas científicas para erradicação do tipo mais grave da malária transmitida por meio do plamodium falciparum . “Segundo a diretora-presidente da Fundação, Graça Alecrim, estamos trabalhando junto com o Ministério da Saúde na tentativa de erradicar do Brasil o plamodium falciparum,  essa é uma meta importantíssima que vai nos auxiliar bastante no controle da malária e se a meta for alcançada, nós trabalharemos apenas no controle da malária vivax (tipo mais comum e a menos grave de malária)”, revelou  a diretora Graça Alecrim.

A entrega do Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema contou com recursos do Governo Federal, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e Fundo de Promoção Social (FPS). O prédio possui 1.950 m², conta com um laboratório de malária de 400m2, laboratório de esterilização, fluxomêtros, câmara fria, bancadas, auditório com capacidade para 176 pessoas, salas de treinamento para técnicos de microscopia, salas de apoio para estudantes e professores. 

“O Governador David Almeida falou da importância para a pesquisa e a saúde no Estado do Amazonas no que se refere à Fundação de Medicina Tropical. Esse é um bom investimento e, investindo em saúde, estamos dando mais qualidade de vida à população. Estamos neste  ato homenageando ao doutor Carlos Borborema, essa é uma homenagem justa para alguém que se dedicou tanto ao Estado do Amazonas”, disse. 

O evento contou também com a presença de familiares do doutor Carlos Augusto Teles de Borborema, do secretário de Saúde do Amazonas, Vander Alves, do diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Renê Levy Aguiar, da diretora-presidente do Fundo de Promoção Social (FPS), Socorro Siqueira, do ex-secretário de Saúde, Wilson Alecrim e de várias autoridades. O Instituto de Pesquisa Clínica Carlos Borborema recebeu recursos do Governo Federal, da Fapeam e do Fundo de Promoção Social. O empreendimento levou seis anos para ser concluído. 

Para o diretor de Ensino e Pesquisa da FMT- HVD, Marcus Lacerda, a principal mudança que ocorre com a criação do Instituto de Pesquisa Clínica é que não será mais feito estudos de apenas uma única doença. “A gente tem colocado doenças que não eram estudadas no passado e hoje são alvo desses estudos. É o exemplo da tuberculosa e do HIV que são doenças que existiam no Estado, mas nunca tinham sido abordadas com a pesquisa clínica, no desenvolvimento de novas drogas e com novas formas de diagnóstico. Então, hoje o instituto muda a lógica de como era a Fundação de Medicina Tropical onde cada laboratório que se dedicava a uma única doença”, esclareceu Marcus Lacerda. 

De acordo com Lacerda, com a entrega do novo Instituto de Pesquisa, o Amazonas ganha com a formação de mais profissionais e tem capacidade para 50 estudantes, além de profissionais vindos de fora do Estado. “Isso faz com que a gente consiga trazer mais financiamento e é importante lembrar que a maior parte do financiamento utilizado em pesquisa hoje no Instituto é internacional”, explicou o diretor de ensino e pesquisa.